O ex-presidente Michel Temer comentou recentemente sobre a investigação da Polícia Federal que resultou no indiciamento de figuras políticas e militares em relação a tentativas de golpe de Estado em 2022. Durante entrevista à revista Veja, Temer destacou a existência de indícios fortes que apontam para uma tentativa de desestabilização, mas frisou que ainda é prematuro emitir condenações sobre os envolvidos. Ele também se referiu às invasões de 8 de janeiro, tratando-as como um reflexo da tentativa de golpe e uma agressão aos Três Poderes, embora tenha ressaltado que essas ações não tiveram sucesso e não conseguiram mobilizar apoio popular suficiente.
Temer expressou sua convicção de que a possibilidade de uma quebra institucional no Brasil é remota, devido ao amplo consenso em favor da democracia. Ele argumentou que a conscientização da população sobre a importância das instituições democráticas impede o avanço de movimentos golpistas no país. De acordo com o ex-presidente, a democracia brasileira encontra respaldo em um forte entendimento coletivo que a vê como o melhor sistema de governo.
Em relação ao envolvimento das Forças Armadas, Temer procurou minimizar a participação dos militares no processo. Ele afirmou que, embora alguns membros isolados das Forças Armadas tenham arquitetado o golpe, isso não reflete a postura da instituição como um todo. Temer, portanto, defendeu que a participação das Forças Armadas no episódio foi restrita e não representa a posição das forças militares no país.