Após a recente alta da Selic para 12,25%, as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto registraram novo aumento nas primeiras negociações desta sexta-feira (13). O movimento se seguiu à divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que apontou crescimento de 0,1% em outubro, superando as expectativas do mercado. O desempenho positivo do índice, que serve como uma prévia do PIB, contrariou as previsões de queda e impulsionou as expectativas de que a economia brasileira terá um 2024 robusto, o que levanta preocupações sobre possíveis pressões inflacionárias.
O Banco Central também revisou para cima os dados de setembro, o que contribui para um cenário de crescimento econômico mais forte do que o esperado. O time de macroeconomia da XP, por exemplo, projeta um crescimento de 2% para o PIB em 2024, embora espere uma desaceleração econômica no ano seguinte, com maior inflação e um aperto mais intenso da política monetária. A combinação de fatores reforça a previsão de que a recuperação econômica será gradual, com impactos no ritmo da inflação.
Com essa perspectiva, os títulos do Tesouro Prefixado registraram altas nas suas taxas, destacando-se o Tesouro Prefixado 2027, que passou a pagar 14,87% ao ano. Os papéis de inflação também mostraram alta em seus juros reais, com o Tesouro IPCA+ 2029 oferecendo 7,46% ao ano no componente prefixado. O título com vencimento em 2045 passou a pagar 6,74% acima da inflação, refletindo o ajuste nas expectativas de inflação e o aumento nas taxas de juros.