Um homem foi preso em Uberlândia, na última quinta-feira (5), acusado de forjar um acidente de carro que resultou na morte de sua companheira, no dia 30 de agosto de 2024. A Polícia Civil concluiu que o crime foi premeditado, com o objetivo de obter um seguro de vida de aproximadamente R$ 1 milhão. Segundo as investigações, o airbag do veículo foi desativado antes do acidente, o que levantou suspeitas sobre as circunstâncias do incidente. O condutor, que sofreu apenas ferimentos leves, alegou que a luz solar foi a causa da colisão com uma árvore, mas a perícia apontou falhas em seu relato, incluindo a ausência de marcas de frenagem e a escolha da árvore como alvo.
A investigação revelou que o casal havia se separado anteriormente, mas reatado o relacionamento no início de 2024, pouco antes do acidente. Durante esse período, foram feitas apólices de seguro de vida, com o acusado como beneficiário. O seguro foi assinado apenas 20 dias antes do acidente, o que aumentou as suspeitas sobre a motivação financeira. A polícia acredita que o homem planejou a morte da vítima para obter o valor do seguro, configurando um feminicídio, e a prisão foi solicitada após o laudo pericial refutar as alegações do suspeito.
As autoridades também descobriram que a vítima possuía uma medida protetiva contra o suspeito, indicando que o relacionamento era conturbado. Além disso, a análise do local do acidente revelou que a via era segura e bem mantida, descartando a possibilidade de erro devido a condições da estrada. A investigação confirmou que a colisão não foi um acidente, mas sim uma ação deliberada para causar a morte da vítima e garantir a vantagem financeira.