Luigi Mangione, acusado de matar um executivo em Manhattan, aceitou ser transferido para Nova York, onde enfrentará acusações de homicídio em primeiro grau. O suspeito, de 26 anos, desistiu de contestar a extradição após uma audiência no tribunal da Pensilvânia. Um juiz determinou que Mangione seria levado para Nova York, onde foi indiciado na terça-feira (17), após o assassinato de Brian Thompson, de 50 anos, diretor executivo da UnitedHealth Group. O crime, ocorrido em 4 de dezembro, envolveu um disparo à queima-roupa com uma arma impressa em 3D. Mangione foi capturado após uma intensa busca de cinco dias.
A acusação de homicídio em primeiro grau, que é reservada para os casos mais graves, foi sustentada pelos promotores de Nova York, que ainda apresentam outras acusações contra Mangione, incluindo homicídio em segundo grau, posse ilegal de armas e falsificação de documentos. O advogado do réu, Thomas Dickey, afirmou que a decisão de colaborar com a extradição foi tomada após considerar que seria o melhor interesse de seu cliente. A ex-procuradora de Manhattan, Karen Friedman Agnifilo, foi contratada para a defesa de Mangione, e ela indicou que o caso poderá envolver também acusações federais.
O caso tomou um contorno mais complexo após a polícia encontrar estojos de bala e uma mensagem codificada na cena do crime, possivelmente relacionada a críticas à indústria de seguros de saúde. Durante sua prisão, Mangione estava portando um manifesto que criticava o setor. A investigação, que incluiu câmeras de segurança e testemunhos de pessoas que o reconheceram, agora aguarda os próximos passos no sistema judicial de Nova York, com possibilidade de um processo estadual e federal simultâneo.