Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou um esquema de fraude envolvendo reembolsos de planos de saúde, com suspeita de estelionato, falsificação de documentos e tráfico de drogas. A suspeita é de que uma nutricionista tenha manipulado dados de funcionários de uma empresa de energia para obter reembolsos fraudulentos. Ela teria convencido os pacientes a fornecer suas informações de login e senha dos planos de saúde, além de realizar um processo de reconhecimento facial sem o conhecimento dos envolvidos, visando a abertura de contas bancárias digitais em nome dos pacientes. Esses dados eram então usados para solicitar reembolsos de exames e medicamentos inexistentes, resultando em danos financeiros a todos os envolvidos.
O golpe afetou mais de 100 vítimas, principalmente trabalhadores da empresa de energia, que perderam seus empregos após o plano de saúde identificar as fraudes. A polícia identificou 121 denúncias, com a maioria das vítimas relatando que foram enganadas ao fornecer suas informações para facilitar o “reembolso assistido”. Além dos reembolsos fraudulentos, a investigada também é acusada de prescrever medicamentos controlados, como esteroides, sem a devida autorização, o que agravaria ainda mais o caso.
A defesa da acusada alega que não houve crime, e que a nutricionista atuava dentro da legalidade com os contratos de prestação de serviços. A Amil, plano de saúde envolvido, informou que identificou a fraude e notificou as autoridades competentes. O caso também está sendo analisado pelo Conselho Regional de Nutrição, que instaurou processo administrativo para investigar a conduta da profissional. O golpe trouxe grandes prejuízos, tanto para as vítimas diretas quanto para os envolvidos na investigação, que agora enfrentam dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho devido ao vínculo com o esquema fraudulento.