O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que estão sendo investigados por suspeitas de corrupção e venda de decisões judiciais. Além de permanecerem afastados de suas funções, os magistrados estão monitorados por tornozeleiras eletrônicas e proibidos de frequentar o Tribunal de Justiça ou ter contato com servidores. No entanto, uma exceção foi feita, permitindo que um dos desembargadores volte a ter contato com seu filho, que também é investigado.
O STF também determinou a manutenção da prisão preventiva de um empresário apontado como intermediário no esquema de venda de sentenças. O empresário permanece detido no Presídio Central do Estado de Mato Grosso, apesar dos pedidos de revogação de sua prisão e de transferência para outro estabelecimento. Em contraste, outro desembargador, envolvido em um caso similar em Mato Grosso do Sul, foi autorizado a reassumir a presidência do Tribunal de Justiça daquele estado.
Além das investigações em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, outros estados também têm desembargadores e assessores sendo investigados por envolvimento em supostos esquemas de venda de decisões judiciais. Em declarações públicas, ministros do STF destacaram a seriedade com que as investigações estão sendo conduzidas, reconhecendo o impacto desses casos na imagem do Poder Judiciário, mas enfatizando a importância de garantir o devido processo legal.