O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (14) a prisão preventiva de um ex-ministro da Defesa, apontado como envolvido em um processo de obstrução das investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado. De acordo com a decisão, a Polícia Federal (PF) reuniu provas consistentes de que o ex-ministro esteve envolvido no planejamento e execução de um golpe, que não se concretizou, e também em ações para dificultar as apurações, incluindo a obstrução de dados sigilosos.
Moraes destacou que as investigações revelaram que o ex-ministro teria agido para impedir a total elucidação dos fatos e teria colaborado para que o golpe tivesse continuidade. Além disso, documentos indicam que ele forneceu recursos para a chamada operação “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo atacar figuras do governo atual, incluindo o presidente e o vice-presidente da República. Em seu despacho, Moraes também enfatizou que o depoimento de um colaborador premiado, em novembro, ajudou a identificar a conduta dolosa do ex-ministro.
O ex-ministro foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, e será transferido para custódia do Exército. A decisão é baseada em uma série de provas, incluindo documentos encontrados durante buscas na sede de um partido político, que indicam que o ex-ministro e outros envolvidos tentaram manipular o depoimento de um colaborador para esconder sua própria participação nos eventos. O caso segue em investigação, e a medida cautelar foi tomada para garantir a continuidade das apurações.