O Supremo Tribunal de Justiça da Argentina rejeitou o pedido de anulação da defesa de Cristina Kirchner e confirmou que a ex-presidente irá a julgamento pelo caso do memorando de entendimento assinado com o Irã em 2013, durante seu segundo mandato. O memorando visava a criação de uma comissão conjunta para investigar o ataque à AMIA, em 1994, no qual autoridades iranianas foram apontadas como responsáveis pelo apoio ao Hezbollah. O governo iraniano, no entanto, negou qualquer envolvimento.
A denúncia sobre o memorando foi originalmente feita pelo promotor Alberto Nisman, que alegou que o acordo escondia um pacto para garantir a impunidade dos acusados iranianos, em troca do estreitamento das relações comerciais entre os dois países. A acusação gerou controvérsia, com a defesa de Kirchner alegando que se tratava de uma perseguição política. Em 2021, um tribunal inferior havia arquivado o caso, mas a decisão foi revertida por instâncias superiores, levando ao julgamento que agora está confirmado.
Além disso, o Supremo Tribunal também ratificou a decisão sobre outro caso envolvendo a ex-presidente, conhecido como o “dólar futuro”, relacionado a operações cambiais realizadas entre 2015 e 2016. Nesse processo, a acusação alegava irregularidades na autorização de venda de dólares futuros, mas o tribunal declarou inadmissível o recurso da promotoria, encerrando definitivamente o caso.