O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, na última sexta-feira (6), visitas de familiares e advogados a dois militares detidos no contexto da Operação Contragolpe. Os militares, envolvidos em um suposto plano golpista que ocorreu após as eleições de 2022, estão presos em unidades militares em Brasília e no Rio de Janeiro. A decisão do STF permitirá que um dos detidos receba visitas de seus familiares diretos, enquanto o outro terá permissão para conversas com parentes e advogados.
Além disso, o ministro revogou a tornozeleira eletrônica de outro militar envolvido no caso, que também está preso em uma instalação militar no Rio de Janeiro. Essa decisão reflete os desdobramentos da Operação Contragolpe, que investigou um grupo de militares que teria planejado ações para desestabilizar o processo político no Brasil após a eleição presidencial de 2022, com a tentativa de impedir a posse do presidente eleito e enfraquecer o poder Judiciário.
Os envolvidos na operação são membros das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, e são acusados de conspirar para ataques a figuras políticas proeminentes, incluindo o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes. As investigações continuam, e as autoridades seguem monitorando as ações desses indivíduos, cujos planos de golpe incluem ações violentas e a disseminação de narrativas falsas.