A prisão do ex-ministro da Casa Civil, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi fundamentada em uma série de evidências que indicam a tentativa de obstrução de investigações e envolvimento em planos para desestabilizar o governo. De acordo com a Polícia Federal (PF), novos depoimentos e provas mostraram que o ex-ministro teria buscado manipular investigações, especialmente ao tentar controlar as informações fornecidas por um colaborador-chave. A PF identificou que ele manteve contato com pessoas próximas ao ex-ajudante de ordens de um ex-presidente, visando obter dados sigilosos e influenciar o curso das apurações.
Além disso, as investigações revelaram que o ex-ministro estaria envolvido no financiamento de ações para a organização de um plano golpista. O relatório da PF incluiu detalhes de uma operação secreta que envolvia o uso de veneno e explosivos, com o objetivo de atacar figuras importantes do governo. O ex-ministro teria fornecido recursos financeiros para a execução de parte dessa operação, incluindo a entrega de dinheiro a um oficial militar por meio de um sacola de vinho, conforme relatado em uma delação premiada.
O Supremo Tribunal Federal reforçou que as ações descritas nas investigações mostram não apenas o embaraço às investigações, mas também um esforço sistemático para obstruir a apuração dos fatos e alavancar um plano para reverter o quadro político. A decisão de prisão também leva em consideração os detalhes encontrados nos dispositivos de comunicação de envolvidos, demonstrando uma articulação mais ampla para coordenar atividades ilícitas. A continuidade das investigações visa esclarecer completamente as motivações e as implicações de tais ações.