A região Sudeste do Brasil lidera o número de casos de Covid-19, com mais de 15,5 milhões de registros desde o início da pandemia. Dados do Ministério da Saúde apontam que, até o início de dezembro, o país ultrapassou a marca de 39 milhões de casos. A concentração elevada de infecções no Sudeste é explicada por fatores como a alta densidade populacional de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que facilita a transmissão do vírus, especialmente em grandes centros urbanos. Além disso, a região possui uma infraestrutura de saúde mais robusta, permitindo maior capacidade de diagnóstico e maior número de testes realizados, o que contribui para o aumento nos registros oficiais.
Embora o Sudeste registre o maior número absoluto de casos, a incidência por 100 mil habitantes é menor do que em outras regiões. O Centro-Oeste e o Sul do Brasil lideram o ranking de incidência, com 28.076 e 27.627 casos por 100 mil habitantes, respectivamente, enquanto o Sudeste apresenta uma taxa de 17.668. A análise de incidência por 100 mil habitantes oferece uma visão mais precisa sobre a propagação do vírus, uma vez que considera o tamanho das populações locais.
Fatores climáticos também desempenham um papel relevante na maior incidência de Covid-19 nas regiões Centro-Oeste e Sul. Estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que apresentam invernos mais rigorosos, podem ter contribuído para um aumento na transmissão do vírus, já que o clima frio favorece a circulação de doenças respiratórias. A combinação desses fatores ajuda a entender por que o Sudeste, apesar de ser a região com maior número de casos absolutos, não lidera em termos de incidência proporcional.