O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu manter a multa de R$ 60 mil imposta ao Corinthians pelo episódio envolvendo o lançamento de uma cabeça de porco no campo da Neo Química Arena, durante o clássico contra o Palmeiras, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clube havia recorrido da punição, mas o recurso foi negado nesta quinta-feira (19). Além da cabeça de porco, o Corinthians também foi acusado pelo arremesso de outros objetos, como copos plásticos, isqueiro e uma bola de plástico, todos dirigidos ao técnico adversário.
Durante a sessão, os auditores destacaram a gravidade do incidente, que gerou ampla repercussão na mídia. Embora o arremesso não tenha prejudicado diretamente o andamento da partida, foi considerada uma falha grave na segurança do estádio, dado o peso e o potencial perigo da cabeça de porco, que pesava cerca de 8 kg. O procurador-geral do processo, Paulo Emílio Dantas, reforçou que tal ato foi uma violação não apenas das normas desportivas, mas também da legislação que protege os animais, considerando que a utilização do animal morto foi vista como um ato provocativo.
O clássico, que terminou com vitória do Corinthians por 2 a 0, foi interrompido temporariamente após o arremesso da cabeça de porco. Na ocasião, o meia Raphael Veiga se preparava para cobrar um escanteio, quando o objeto foi lançado em direção à área técnica do Palmeiras. O atacante do Corinthians, Yuri Alberto, foi quem retirou a cabeça de porco de campo, após quase machucar o pé ao chutá-la. O episódio gerou discussões sobre a segurança nos estádios e a responsabilidade dos clubes para prevenir atos de violência e desrespeito durante os jogos.