O general em reserva foi preso no último sábado (14) pela Polícia Federal, acusado de ser um dos responsáveis por um plano para contestar os resultados das eleições presidenciais de 2022. Após a prisão, o militar passou por uma audiência de custódia, onde sua detenção foi mantida. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ele só poderá receber visitas com autorização expressa da Corte, incluindo visitas de familiares, a fim de evitar qualquer tipo de interferência nas investigações. Essa medida foi justificada pela Procuradoria-Geral da República, que alega risco de obstrução do caso.
O general, que tem uma longa trajetória nas Forças Armadas e exerceu cargos de destaque nos governos anteriores, está sendo investigado por sua possível atuação no vazamento de informações sensíveis relacionadas a uma colaboração premiada. A investigação apura ainda se houve tentativa de contato com pessoas próximas a um ex-assessor do governo, em um esforço para obter detalhes sobre o acordo de delação. A prisão preventiva foi solicitada para garantir a integridade das investigações, evitando que ele influenciasse testemunhas ou apagasse provas.
Em resposta à prisão, os advogados do acusado negaram qualquer obstrução às investigações e destacaram que ainda não possuem acesso completo aos detalhes do inquérito. Eles também indicaram que irão se manifestar assim que tiverem plena ciência dos elementos que levaram à decisão judicial. A situação gerou discussões entre membros do governo e da política nacional, com alguns ressaltando a importância de garantir a imparcialidade nas apurações, enquanto outros observam a gravidade das acusações envolvidas.