Lançadas em 1977 com apenas duas semanas de diferença, as sondas gêmeas Voyager mudaram a forma como entendemos o Sistema Solar, proporcionando imagens detalhadas dos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Mais de 47 anos após seu lançamento, as espaçonaves continuam sua jornada pelo espaço interestelar, com a Voyager 1 se tornando o objeto feito pelo homem mais distante da Terra, a 24,9 bilhões de quilômetros. Sua missão original de exploração já foi concluída, mas ambas as sondas ainda continuam enviando dados científicos valiosos, incluindo informações sobre o ambiente cósmico.
A equipe responsável pela missão Voyager enfrenta desafios crescentes à medida que as sondas perdem energia devido à distância e ao tempo. A Voyager 1, por exemplo, passou por um apagão temporário de comunicação devido à queda de seu fornecimento energético, que resultou na perda de dados enviados durante o período. No entanto, o foco principal da equipe da NASA está em como maximizar a eficiência da energia disponível para manter os instrumentos científicos funcionando o máximo possível, visto que, a cada ano, a espaçonave perde mais de 4% de sua energia.
Apesar das dificuldades, a longevidade das sondas Voyager tem superado as expectativas iniciais. A cada dia, elas enviam dados para a Terra por meio da Deep Space Network, com um intervalo de seis a oito horas entre as transmissões. Embora a equipe não esteja excessivamente preocupada com as interrupções temporárias, o maior desafio agora é garantir a continuidade das operações científicas diante da diminuição do fornecimento de energia, o que pode comprometer a vida útil das sondas no futuro.