A sonda Parker, da NASA, iniciou nesta terça-feira (24) uma aproximação histórica ao Sol, com o objetivo de chegar a 6,1 milhões de quilômetros de sua superfície, a menor distância já alcançada por uma nave. Durante a missão, a espaçonave viajará a uma velocidade impressionante de 692.000 km/h, o que a tornará o objeto mais rápido criado pela humanidade, caso a missão seja bem-sucedida. O ponto de maior proximidade ocorrerá na madrugada de sexta-feira (27), com a sonda enfrentando temperaturas de até 980ºC em seu trajeto.
Este é apenas o primeiro de três passagens próximas ao Sol planejadas para 2025, parte de uma missão lançada em 2018 com o objetivo de esclarecer mistérios sobre a energia e o comportamento do Sol. Em 2021, a Parker já havia alcançado outro marco importante, ao se aproximar da coroa solar para realizar medições das partículas e dos campos magnéticos presentes na região. Agora, com o uso de um escudo térmico de carbono de 11,4 cm de espessura, a sonda será capaz de resistir às intensas temperaturas durante sua aproximação.
Durante sua trajetória, a Parker terá a oportunidade de estudar o fluxo de energia ao redor do Sol, o aquecimento de sua coroa e o processo de aceleração do vento solar. A missão continuará até 2025, quando a nave completará 24 órbitas ao redor da estrela, acumulando dados essenciais para o entendimento do comportamento do Sol. Após a aproximação desta semana, a sonda ficará desconectada da Terra até o final de dezembro, quando deve enviar um sinal confirmando a continuidade da missão.