A solidão crônica e o isolamento social têm sido cada vez mais associados a uma série de problemas de saúde física e mental. Embora a relação entre solidão e doenças ainda não seja completamente compreendida, vários estudos apontam que sentir-se isolado pode aumentar significativamente o risco de desenvolver condições como doenças cardiovasculares, hipertensão e até morte prematura. A solidão pode gerar um ciclo vicioso, afetando a saúde mental, o sono e os hábitos alimentares das pessoas, o que, por sua vez, compromete a saúde física.
Pesquisas também revelam que a solidão afeta o sistema imunológico, reduzindo a capacidade do corpo de combater infecções. Estudo das universidades da Califórnia e de Chicago indica que pessoas isoladas socialmente têm níveis elevados de inflamação, o que enfraquece a resposta imunológica e aumenta a vulnerabilidade a doenças. Esse fenômeno é atribuído a um estado constante de alerta provocado pela sensação de ameaça, comum em indivíduos isolados, o que prejudica a eficiência do sistema imunológico.
Além disso, a solidão tem sido associada a um aumento significativo da pressão sanguínea, o que pode levar a problemas graves como derrames e ataques cardíacos. Pesquisas da Universidade de Chicago mostram que pessoas que vivem em isolamento social têm maior propensão a desenvolver hipertensão. O isolamento social também está relacionado a um risco elevado de morte prematura, com adultos de meia-idade sendo mais vulneráveis do que os idosos. A crescente preocupação com o impacto da solidão na saúde é um campo de pesquisa relativamente novo, mas com implicações significativas para a saúde pública.