Os contratos futuros de soja negociados na bolsa de Chicago caíram para o nível mais baixo em quatro anos nesta quarta-feira (18), pressionados pela expectativa de uma safra recorde no Brasil e pela queda nos preços do óleo de soja. O aumento da oferta no maior produtor mundial de soja, aliado à ausência de suporte ao biodiesel em uma proposta de lei de gastos do governo dos EUA, gerou um impacto negativo no mercado. As vendas técnicas também contribuíram para a queda do preço da soja, que fechou a US$ 9,5175 o bushel.
Além da soja, os contratos futuros de milho e trigo também registraram queda. O milho seguiu a tendência da soja e fechou a US$ 4,3725 o bushel, enquanto o trigo foi pressionado pelas colheitas fortes na Austrália e na Argentina, fechando a US$ 5,4125 o bushel. O fortalecimento do dólar também teve impacto negativo sobre os futuros de grãos dos EUA, afetando os preços desses produtos no mercado global.
No Brasil, as chuvas regulares indicam uma safra de soja de 171,5 milhões de toneladas métricas, o que coloca o país em posição de atingir um novo recorde de produção. A pressão sobre os preços da soja é exacerbada pela queda do preço do óleo de soja, refletindo a falta de apoio ao biodiesel nos EUA. Esses fatores contribuem para um cenário desafiador para o mercado de grãos, especialmente para os produtores que enfrentam uma oferta crescente e um ambiente de preços em queda.