João Francisco Rubbo Nobre, de 18 anos, foi o único candidato a se inscrever para o curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Morador de Valinhos (SP), ele se prepara para prestar vestibular em Joinville, cidade que escolheu por seu interesse no setor ferroviário. Nobre ficou surpreso com a baixa adesão ao curso, refletindo a falta de um setor ferroviário mais desenvolvido no Brasil. Segundo ele, a ausência de projetos de grande escala no país e o abandono do transporte ferroviário no passado explicam a pouca procura pela área.
O curso de Engenharia Ferroviária da UFSC oferece 28 vagas e tem duração de cinco anos, sendo integral. Como segunda opção, Nobre escolheu o curso de Engenharia de Transporte e Logística, também em Joinville, com 19 candidatos inscritos. Além disso, ele fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e se inscreveu em cursos de Física na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de São Paulo (USP), já que as duas instituições não oferecem cursos específicos para a área ferroviária.
Para o futuro, Nobre tem a intenção de contribuir para o desenvolvimento do transporte ferroviário no Brasil. Ele acredita que o país, especialmente pela sua extensão territorial, precisa de uma malha ferroviária eficiente para o transporte de passageiros. Em sua visão, um sistema mais amplo e integrado poderia aumentar a conscientização sobre a importância desse meio de transporte, atraindo mais estudantes para a área e estimulando o crescimento do setor.