O sistema agroflorestal tem ganhado adesão em algumas regiões do interior de São Paulo como uma alternativa para a produção sustentável de alimentos. Essa prática permite que a agricultura e a vegetação nativa convivam de forma harmoniosa, preservando o ecossistema local enquanto se produz alimentos. Diferente da monocultura, que aposta em um único tipo de cultivo, a agrofloresta promove a diversidade e a conservação da biodiversidade, beneficiando tanto os produtores quanto o meio ambiente.
No sítio de Guilherme Rocha, agricultor da região, o cultivo de banana e café é realizado em conjunto com a preservação das árvores e plantas nativas, o que contribui para a regeneração do solo e o aumento da biodiversidade local. Esse modelo de produção tem gerado bons resultados financeiros e ambientais, uma vez que a diversificação reduz a dependência de um único produto, oferecendo maior resiliência frente a oscilações no mercado e adversidades climáticas.
Além de agricultores locais, estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) também estão envolvidos na disseminação do sistema agroflorestal, ajudando na implementação de práticas como compostagem, que utiliza resíduos de alimentos para produzir adubo orgânico. Embora a adoção desse sistema requeira mais trabalho e planejamento, seus benefícios são evidentes não apenas no campo econômico, mas também na contribuição para a saúde do planeta, promovendo um modelo mais equilibrado e sustentável de agricultura.