Após a queda do governo de Bashar al-Assad, a Síria viu o surgimento de uma nova bandeira, que passou a representar a resistência contra décadas de domínio autoritário da família Assad. A bandeira da independência, adotada por grupos de oposição, tornou-se um símbolo de união entre os refugiados sírios, sendo levantada em diversas manifestações ao redor do mundo, incluindo em cidades como Washington, Londres e Madrid. Alguns apoiadores chegaram a invadir embaixadas sírias no exterior para mostrar sua adesão à causa, enquanto o governo russo ofereceu asilo a Assad e sua família.
A bandeira oficial do governo de Assad, composta por três faixas horizontais, carrega significados profundos. O vermelho simboliza o sangue derramado na revolução, o branco é um símbolo de paz, e o preto faz referência à opressão sofrida pelos árabes. As estrelas verdes representam a união histórica da Síria e do Egito, que juntos formaram a República Árabe Unida entre 1958 e 1961. Esse design foi adotado após o golpe que estabeleceu o regime Ba’ath na Síria.
Por outro lado, a bandeira da oposição, que remonta à luta pela independência contra a França, foi remodelada com o objetivo de se distanciar da simbologia do regime de Assad. A nova bandeira substitui o fess vermelho por verde, com três estrelas vermelhas que representam as principais regiões do país: Aleppo, Damasco e Deir el-Zor. Esse símbolo tem sido utilizado por aqueles que buscam uma Síria livre de regime autoritário, refletindo a divisão e o conflito interno que marcaram os últimos anos do país.