Após quase 14 anos de guerra civil, que resultaram em meio milhão de mortos e obrigaram metade da população síria a deixar suas casas, o país atravessa um momento de transição política. Mohamed al-Bashir, nomeado pelos grupos rebeldes como primeiro-ministro interino, assumiu o cargo e fez um apelo aos refugiados sírios no exterior para que retornem ao país. A queda do presidente Bashar al-Assad, após a tomada de Damasco por opositores liderados pelo grupo Hayah Tahrir al Sham, abriu um novo capítulo na Síria, mas o país enfrenta incertezas em relação à sua reconstrução e estabilidade política.
Al-Bashir afirmou que a recuperação dos milhões de refugiados sírios seria uma das prioridades de seu governo interino, que se estende até março de 2025. O novo líder destacou a importância do capital humano e da experiência dos refugiados para o renascimento da Síria, fazendo um apelo emocionado à população no exterior: “A Síria é agora um país livre que conquistou seu orgulho e dignidade. Voltem. Temos de reconstruir e precisamos da ajuda de todos.” A guerra civil deixou profundas cicatrizes, mas o novo governo aposta na união dos sírios para reerguer o país.
A situação permanece delicada, com receios de violência sectária, apesar das promessas do grupo que agora controla o país, garantindo a segurança das minorias religiosas. A Síria, devastada pela guerra e com uma população ainda em grande parte deslocada, se encontra em um momento crucial, onde a reconstrução será um desafio tanto econômico quanto social. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos do novo governo e as perspectivas de paz e estabilidade no país.