A Síria continua em uma grave crise humanitária e instabilidade política após mais de dez anos de guerra civil. A analista de relações internacionais Fernanda Magnotta destacou que o país vive uma disputa de poder envolvendo potências globais, como Estados Unidos e Rússia, e atores regionais como o Irã. A situação no país é de extrema fragilidade, com impactos significativos na economia e nas condições de vida da população. O conflito, que já dura tanto tempo, ainda afeta profundamente a Síria, que enfrenta um dos cenários mais críticos de sua história recente.
O conflito sírio começou com os levantes da Primavera Árabe, em 2011, quando várias nações da região passaram por mudanças de poder, mas a Síria, sob o governo de Bashar al-Assad, resistiu às pressões por reformas. As forças de oposição receberam apoio de potências ocidentais, enquanto o regime de Assad foi sustentado por aliados como a Rússia. O apoio externo tem sido um dos fatores-chave para a persistência do conflito, com a guerra se tornando cada vez mais uma luta por interesses geopolíticos.
Magnotta também apontou que, atualmente, o governo de Assad enfrenta sua maior fragilidade desde o início da guerra, com uma geopolítica internacional em constante mudança. A visita recente de Assad à Rússia, buscando apoio de Vladimir Putin, reflete a dependência do regime sírio de aliados externos. No entanto, a guerra na Ucrânia alterou as prioridades russas, o que pode dificultar ainda mais a situação da Síria. O novo cenário global adiciona mais complexidade a uma crise já devastadora, tornando o futuro do país cada vez mais incerto.