No Brasil, estima-se que 350 mil pessoas vivam com Síndrome de Down, sendo que cerca de 8 mil novos casos surgem a cada ano. Aproximadamente 45% a 50% dessas pessoas nascem com alguma cardiopatia, o que destaca a importância do diagnóstico precoce, especialmente no período fetal. Especialistas defendem que o diagnóstico de cardiopatias em gestantes com filhos com Síndrome de Down deve ser realizado preferencialmente por meio de exames como o NIPT, que já é recomendado no pré-natal, mas ainda não é acessível para todas as gestantes devido a questões de infraestrutura e capacitação técnica.
A cardiopatia é uma das complicações mais comuns entre os portadores da trissomia do cromossomo 21, e a detecção precoce pode evitar complicações graves, como hipertensão pulmonar. Além disso, médicos destacam a necessidade de uma abordagem sensível e cuidadosa ao comunicar aos pais o diagnóstico da Síndrome de Down, já que muitas vezes essa notícia é dada no momento do parto, sem o suporte adequado. A formação e preparo das equipes médicas, portanto, são essenciais para lidar com esse momento delicado.
A inclusão social das pessoas com Síndrome de Down tem avançado nos últimos anos, principalmente com o uso das redes sociais, que têm dado visibilidade a histórias de sucesso e superação. Influenciadores com a síndrome, como João Vitor Paiva e Maju de Araújo, têm mostrado ao público que pessoas com essa condição podem conquistar espaços em universidades, no mercado de trabalho e até na vida social. Esses exemplos ajudam a mudar a narrativa sobre a síndrome, reforçando a importância da oportunidade, do respeito e da segurança para o desenvolvimento pleno das pessoas com Síndrome de Down.