O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 92,459 bilhões em outubro, com destaque para os custos relacionados aos juros, que impactaram fortemente as finanças do governo. O rombo foi menor do que o registrado no mês anterior, quando o déficit alcançou R$ 111,564 bilhões. O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foi responsável por despesas de R$ 84,694 bilhões apenas com juros, enquanto os governos regionais e as empresas estatais apresentaram gastos de R$ 7,395 bilhões e R$ 370 milhões, respectivamente.
Em termos acumulados, até o mês de novembro, o setor público teve uma despesa com juros de R$ 854,306 bilhões, o que representa cerca de 7,95% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse valor reflete um aumento nas despesas financeiras, gerando preocupações sobre o impacto fiscal a longo prazo, especialmente considerando o tamanho do comprometimento do orçamento público com o pagamento de juros.
Nos últimos 12 meses, o déficit total com juros no setor público chegou a R$ 918,163 bilhões, ou 7,85% do PIB. Esses números indicam uma pressão crescente sobre as finanças públicas, que enfrenta desafios para equilibrar as contas e atender às demandas da população, ao mesmo tempo em que lida com uma carga significativa de juros. O cenário atual levanta discussões sobre as estratégias fiscais e os ajustes necessários para mitigar os efeitos dessa despesa crescente.