O senador Jorge Seif (PL-SC) criticou a decisão do governo federal de distribuir 20 mil pistolas elétricas para policiais com o objetivo de reduzir a letalidade nas ações. Em seu pronunciamento, ele questionou a eficácia da medida, considerando o contexto de desigualdade de poder de fogo entre as forças de segurança e o crime organizado. O parlamentar destacou o custo de R$ 120 milhões da iniciativa e a disparidade de recursos disponíveis para os policiais, que, segundo ele, enfrentam condições limitadas para desempenhar suas funções.
Seif também se opôs ao aumento de impostos sobre armas e munições, incluído no texto da reforma tributária (PLP 68/2024), argumentando que essa tributação prejudica esportistas e colecionadores, sem justificativa clara para sua aplicação. Ele classificou a medida como uma “tributação da maldade” e sugeriu que o governo está promovendo políticas que favorecem os criminosos em detrimento da segurança pública. Para o senador, a aquisição de armamentos não letais reflete uma postura que desvaloriza as polícias.
Além disso, o parlamentar defendeu o uso de câmeras corporais para aumentar a transparência e reduzir abusos durante abordagens policiais. No entanto, ele sugeriu que a instalação desses dispositivos seja estendida a políticos e membros do Judiciário, como uma forma de ampliar a fiscalização e combater práticas corruptas. Seif citou o exemplo de Santa Catarina, onde, segundo ele, a maior quantidade de armas entre os cidadãos contribui para o baixo índice de violência no estado.