Em seu pronunciamento no Plenário, o senador Sergio Moro (União-PR) alertou para o cenário econômico preocupante enfrentado pelo Brasil, afirmando que as previsões do governo federal, que indicam uma possível recuperação em 2025, não condizem com a realidade atual. Moro destacou o aumento da dívida pública e o endividamento crescente das famílias e do setor privado, apontando que a atual política econômica tem comprometido investimentos em áreas essenciais, como segurança, educação e saúde.
O senador também criticou a recente gestão da segurança pública, mencionando o corte significativo no orçamento da área e a suspensão de concursos públicos, sem esclarecimento sobre o destino dos recursos. Moro fez uma comparação com a situação da Argentina, destacando que, enquanto o país vizinho adotava medidas que, segundo ele, já geravam sinais de recuperação econômica, o Brasil estaria em um caminho de descontrole fiscal, sem reformas estruturais e com um aumento exponencial da dívida pública.
Moro finalizou sua fala acusando o governo de priorizar interesses eleitorais em detrimento do futuro econômico do país, com um aumento contínuo de gastos e o que considerou ser um loteamento político-partidário. O senador alertou que, se essa situação persistir, o Brasil poderá enfrentar uma recessão semelhante à de 2014, com consequências negativas para as gerações futuras, à medida que a dívida cresce e os recursos para serviços essenciais se tornam mais escassos.