O Senado adiou, nesta quarta-feira (4), a votação do projeto de lei que visa autorizar o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, além de legalizar o jogo do bicho e permitir apostas em corridas de cavalos. A proposta foi retirada de pauta a pedido do relator, após um intenso debate entre os senadores sobre seu conteúdo. Com isso, a votação do projeto será adiada para o próximo ano, aguardando a entrega de informações solicitadas a ministérios sobre os impactos da legalização dos jogos, principalmente em relação ao tratamento de dependência em jogos de azar.
A principal questão levantada pelos parlamentares é o impacto social e econômico da legalização dos jogos, especialmente no que se refere ao aumento de casos de dependência e crimes como lavagem de dinheiro. Alguns senadores defendem que a legalização poderia ajudar a combater o crime organizado, que já controla parte das apostas clandestinas no país. Contudo, muitos questionam se a medida traria mais problemas do que soluções, apontando riscos de aumento de vícios e impactos negativos para a sociedade.
O projeto propõe a instalação de cassinos em polos turísticos e embarcações marítimas e fluviais, além da legalização de bingos e apostas em corridas de cavalos. Ele também prevê a criação de novos tributos específicos para a fiscalização desses jogos. Enquanto alguns parlamentares defendem uma análise mais profunda do projeto e seu impacto, outros sugerem o arquivamento da proposta, argumentando que ela não traz benefícios claros para o país. A proposta já tramitava há mais de 30 anos, tendo sido aprovada na Câmara em 2022, mas só agora chegou ao Senado.