A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) iniciou, em 10 de dezembro de 2024, a entrega do “Atlas de Remanescentes de Vegetação Nativa de Goiás”, um mapeamento detalhado que será realizado em seis etapas ao longo dos próximos meses. O estudo, elaborado em parceria com o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da UFG, tem como objetivo fornecer dados precisos sobre a vegetação nativa do Cerrado, utilizando imagens de satélite de alta resolução e validação em campo. Cada uma das etapas cobrirá uma bacia hidrográfica do estado, com a primeira abordando as regiões do Meia Ponte e dos Bois.
O Atlas visa oferecer informações detalhadas sobre as formações vegetativas do Cerrado, incluindo as três categorias principais – campestre, savânica e florestal – e suas subdivisões. Esses dados serão cruciais para aprimorar o planejamento ambiental do estado, especialmente no que diz respeito à gestão de áreas de preservação e reservas legais. Além disso, o mapeamento permitirá uma análise mais precisa das áreas de contribuição para o sequestro de carbono, facilitando a implementação de políticas públicas voltadas para a preservação ambiental e o controle de emissões de gases do efeito estufa.
A nova ferramenta também auxiliará na análise de licenciamento ambiental, acelerando a aprovação de projetos relacionados à supressão de vegetação, uma vez que a Semad terá acesso a informações detalhadas previamente fornecidas pelos empreendedores. O Atlas será essencial para a execução de programas como o Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), que visa incentivar a preservação de remanescentes de vegetação nativa, ajudando o governo a definir as áreas prioritárias para intervenções de restauração ecológica.