O chanceler Olaf Scholz se prepara para um voto de confiança no Parlamento alemão, previsto para segunda-feira (16), que pode antecipar as eleições gerais, inicialmente agendadas para 2025. A medida ocorre em um momento de crise de popularidade para Scholz, cujo governo enfrenta grande desconfiança por parte da população, com apenas 26% dos alemães expressando apoio a sua liderança. As pesquisas indicam que a oposição, liderada por Friedrich Merz, do CDU, tem conquistado terreno, com o partido alcançando 31% das intenções de voto, enquanto o SPD de Scholz apresenta números significativamente menores, 17%.
O cenário político é ainda mais agravado pela crise econômica que o país atravessa. O Banco Central da Alemanha prevê que o número de desempregados poderá ultrapassar 3 milhões em 2025, e grandes empresas como a Volkswagen já anunciaram cortes de empregos, refletindo uma desindustrialização crescente. Embora Scholz tenha prometido investimentos em eletrificação e subsídios para revitalizar a indústria, suas propostas para reverter a crise não têm gerado a confiança necessária no eleitorado. A oposição, por sua vez, tem focado em temas como imigração e segurança, e Merz tem se destacado com uma postura firme, atraindo eleitores de direita.
Se Scholz não conseguir garantir o apoio do Parlamento, isso pode acelerar o processo eleitoral, o que colocaria a CDU em posição de liderança para indicar o novo primeiro-ministro. No entanto, uma possível coalizão entre o SPD e o CDU enfrenta obstáculos, já que Scholz já declarou que não aceitaria uma posição de vice-ministro, o que torna a formação de um novo governo mais difícil. A situação política na Alemanha segue em um momento de incerteza, com desconfiança crescente nas opções de liderança e desafios econômicos persistentes.