O saneamento básico tem sido um tema central nos debates sobre sustentabilidade e proteção ambiental na Amazônia, especialmente em Manaus, diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Nos últimos dias, a concessionária Águas de Manaus destacou seu plano de universalização do esgotamento sanitário e as ações implementadas para evitar o desabastecimento de água durante a seca histórica de 2024. Esses tópicos foram abordados em seminários promovidos pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município (Ageman) e pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).
Em 2024, o Rio Negro atingiu a menor cota em 120 anos, o que exigiu adaptações técnicas para garantir o abastecimento de água em Manaus. A concessionária Águas de Manaus tomou medidas preventivas, como a instalação de bombas anfíbias, capazes de operar em pontos mais profundos do rio, além de rebaixar as bombas verticais já existentes no sistema. Essas ações são continuidade do trabalho realizado no ano anterior e refletem a preocupação com os efeitos das mudanças climáticas na cidade.
Além das medidas emergenciais contra a estiagem, o programa Trata Bem Manaus, focado na universalização do esgotamento sanitário por meio de microbacias, também foi um dos tópicos discutidos nas palestras. O plano busca expandir os serviços de coleta e tratamento de esgoto de forma eficiente e com menor impacto nas comunidades. A parceria entre a concessionária, o poder público e a população é vista como fundamental para garantir os avanços no saneamento básico, especialmente em áreas vulneráveis da cidade, como o Beco Nonato, que teve acesso à água tratada e esgoto sanitário pela primeira vez.