Os Estados Unidos anunciaram sanções contra um ex-primeiro-ministro da Geórgia, acusado de minar a democracia do país em benefício da Rússia. A medida ocorre em um momento de tensões nas relações entre a Geórgia e o Ocidente, especialmente após a suspensão das negociações para a entrada do país na União Europeia até 2028. O congelamento das negociações gerou protestos e repressão, resultando na prisão de centenas de manifestantes e opositores políticos.
De acordo com o governo norte-americano, as ações políticas atribuídas ao ex-primeiro-ministro comprometem o futuro democrático e euro-atlântico da Geórgia. A sanção inclui o congelamento de seus ativos nos EUA e reflete o descontentamento de Washington com o que é visto como um desvio das aspirações pró-Ocidente por parte da liderança georgiana. Autoridades da Geórgia, no entanto, classificaram a medida como uma tentativa de chantagem e defenderam a postura equilibrada do país em relação à Rússia.
Sob críticas de autoritarismo e maior alinhamento com Moscou, o governo georgiano enfrenta um cenário interno de instabilidade e crescente oposição. Apesar de afirmar compromisso com a democracia, as decisões recentes, como o congelamento das negociações com a União Europeia, alimentam a percepção de afastamento do Ocidente e criam incertezas sobre o futuro político da Geórgia.