O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o país não apoia uma trégua fraca com a Ucrânia, defendendo um acordo definitivo que assegure a segurança da Rússia e de seus vizinhos. Segundo Lavrov, uma trégua poderia ser explorada pelo Ocidente para rearmar a Ucrânia, o que comprometeria qualquer perspectiva de estabilidade. A Rússia busca acordos legais que definam claramente as condições de segurança, evitando futuras violações. Ele também destacou que o governo de Vladimir Putin exige que esses acordos sejam redigidos de forma a garantir a sua inviolabilidade.
Putin, por sua vez, manifestou interesse em discutir um cessar-fogo com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, embora rejeite concessões territoriais e insista no abandono das ambições ucranianas de ingressar na OTAN. Em suas declarações, o presidente russo sublinhou que não há condições de iniciar negociações com as autoridades ucranianas, enquanto continua a executar sua “operação militar especial”, com foco em atingir os objetivos estratégicos delineados desde o início do conflito. A Rússia também apontou o papel do Ocidente, que segundo Moscou, tem usado a Ucrânia como uma frente de confronto indireto para enfraquecer a Rússia.
A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, permanece em um estágio crítico, com o uso de armamentos de alcance avançado, como mísseis hipersônicos, aumentando a tensão internacional. A situação é ainda mais complexa com a alegada participação de tropas norte-coreanas no conflito, o que agrava o cenário geopolítico. Com o recente aumento de ataques e a intensificação das operações militares, a comunidade internacional observa com preocupação os desdobramentos, temendo uma escalada ainda maior da guerra.