A Rússia anunciou recentemente o desenvolvimento de uma vacina contra o câncer, com previsão de distribuição gratuita para pacientes a partir de 2025. A vacina, baseada em tecnologia de mRNA, utiliza a análise genética do tumor de cada paciente para criar uma fórmula personalizada, com o objetivo de estimular o sistema imunológico a identificar e combater células cancerígenas. Contudo, as informações sobre o imunizante foram divulgadas exclusivamente pelo governo russo, e não há publicações científicas que comprovem sua eficácia ou segurança, nem dados sobre quais tipos de câncer serão contemplados.
Embora os testes pré-clínicos tenham mostrado resultados promissores, incluindo a supressão do desenvolvimento de tumores, especialistas ressaltam a falta de transparência e a necessidade de estudos revisados por pares. A pesquisa científica envolve etapas rigorosas de testes em humanos e animais, e a ausência de publicações em revistas científicas coloca em dúvida a seriedade do anúncio. A falta de dados verificáveis pode gerar incerteza e desconfiança na sociedade, o que é considerado um risco para a credibilidade da informação.
Vacinas contra o câncer estão em desenvolvimento ao redor do mundo, com diferentes abordagens, como as terapêuticas e personalizadas, utilizando RNA mensageiro para tratar tipos específicos de tumores. No Brasil, uma vacina contra o câncer de próstata está sendo testada nos Estados Unidos, e outros estudos buscam imunizar contra o melanoma, câncer de ovário e pâncreas. Embora a pesquisa sobre vacinas contra o câncer avance, a área ainda depende de validações científicas rigorosas para garantir a eficácia e segurança dos tratamentos.