A Rússia reafirmou que não há motivos para iniciar negociações de paz com a Ucrânia, destacando que as condições atuais não permitem avanços. Segundo o Kremlin, qualquer diálogo seria inviável enquanto a Ucrânia mantiver seu desejo de adesão à Otan e não recuar das áreas controladas por tropas russas. O porta-voz Dmitry Peskov reiterou que Moscou permanece grata aos países que oferecem seus territórios como possíveis locais de negociação, mas a posição russa continua inalterada.
Mesmo com sinais de possíveis discussões no futuro, como a menção da presidente do Conselho da Federação russa sobre negociações em 2025, a Rússia parece mais aberta a conversas com novos atores políticos, incluindo o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Fontes indicam que Vladimir Putin estaria disposto a considerar um cessar-fogo baseado nas linhas atuais de combate, enquanto as forças russas continuam a avançar em algumas áreas estratégicas.
A Ucrânia, por sua vez, mantém sua postura intransigente, declarando que apenas a adesão à Otan pode garantir sua segurança a longo prazo e que não aceitará abrir mão de território. A administração de Joe Biden, ainda no poder, busca consolidar o apoio a Kiev antes da transição de governo nos EUA, aprovando novos pacotes de ajuda militar, incluindo armas de longo alcance que ampliam a capacidade de ataque ucraniana. O conflito permanece em um impasse crítico, com ambas as partes distantes de qualquer consenso imediato.