O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou a postura do mercado financeiro durante o seminário do PT em Brasília, apontando o apoio da instituição à gestão de Jair Bolsonaro, mesmo diante dos altos gastos públicos para sua reeleição em 2022. Segundo Costa, mais de R$ 200 bilhões foram destinados à tentativa de reeleger o ex-presidente, mas o mercado permaneceu em silêncio, apoiando o discurso do ministro Paulo Guedes, então responsável pela Economia. O ministro também ressaltou o crescimento do PIB sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que, ao contrário das previsões iniciais, o Brasil teve um desempenho de 3,3% em 2023, impulsionado principalmente pelos investimentos, não apenas pelo agronegócio.
Costa também abordou o contexto político atual, sugerindo que forças opositoras estariam tentando antecipar a disputa presidencial de 2026, criando um ambiente de desestabilização. Para o ministro, há uma tentativa de disputar a narrativa política, utilizando mídias sociais e outros canais de comunicação para minar a confiança no governo. No entanto, ele afirmou que o presidente Lula segue convicto e sereno quanto à condução do país até a próxima eleição, e que o governo colherá resultados positivos ao longo de 2025, com foco na estabilidade e nas reformas necessárias para o avanço do Brasil.
Em paralelo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a especulação financeira e a pressão do mercado por juros altos e manipulação cambial, defendendo que o partido está contra os interesses que favorecem a ganância do setor financeiro. Gleisi mencionou também a luta do PT contra a operação Lava Jato, embora sem citá-la diretamente, e posicionou o partido contra uma agenda política que priorize esses interesses em detrimento de um projeto mais justo para a população. Ela finalizou apontando que, se o objetivo fosse satisfazer esses interesses, o PT não teria razão para existir.