Neste sábado (7), promotores romenos realizaram buscas em várias propriedades, como parte de uma investigação sobre possíveis práticas de financiamento ilegal durante a recente eleição presidencial. A ação ocorreu no contexto da anulação da votação pelo tribunal superior, que, na sexta-feira (6), determinou que a eleição fosse repetida após alegações de interferência externa, especificamente da Rússia. A decisão do tribunal gerou incertezas políticas, com a Romênia, membro da União Europeia e da Otan, enfrentando uma crise institucional e aumentando as preocupações com a confiança pública no sistema eleitoral.
O foco da investigação recai sobre alegações de manipulação de votos, irregularidades durante a campanha e financiamento não transparente. Embora os promotores não tenham revelado o nome do candidato alvo da investigação, documentos desclassificados recentemente indicaram que a campanha de um dos principais concorrentes poderia ter sido envolvida em práticas ilícitas. Esse candidato, que se posiciona contra a Otan e defende uma postura mais alinhada à Rússia, viu um crescimento inesperado no apoio popular, o que gerou dúvidas sobre a legitimidade dos resultados.
A eleição presidencial, que deveria ter seu segundo turno realizado no domingo (8), foi suspensa pela decisão judicial, e ainda não há uma nova data definida para a repetição do pleito. O processo eleitoral da Romênia, que já estava marcado por controvérsias, passa agora a ser analisado por autoridades locais e internacionais, enquanto as investigações continuam. A Rússia negou qualquer envolvimento nas alegações de interferência eleitoral, mas as autoridades romenas seguem firmes nas apurações.