Rodrigo Fagundes, ator de 52 anos, refletiu sobre a evolução da representação LGBTQ+ na televisão, destacando como, no início de sua carreira, personagens gays eram muitas vezes limitados ao humor e estereótipos. Fagundes, conhecido por papéis como Patrick, em “Zorra Total”, reconhece as críticas ao programa, mas defende seu personagem como uma tentativa de lidar com a complexidade da identidade gay de forma leve, sem deixar de expor os desafios da personagem. O ator também expressou orgulho de seu trabalho, mesmo reconhecendo que, com o tempo, o humor em torno de personagens gays passou a ser questionado.
Em seu mais recente papel, como Gigi, na novela “Volta por Cima”, Fagundes interpreta um personagem LGBTQ+ mais complexo, sem o estereótipo de caricatura. Ele descreve Gigi como alguém “livre e ácido”, criado a partir de uma mistura de divas pop e ícones da cultura, que permite ao ator explorar a comunicação genuína com o público. Segundo ele, essa mudança de abordagem reflete a evolução das representações dos personagens gays, que agora são mais multifacetados e autênticos.
O ator também falou sobre a importância de trazer mais representatividade para a mídia, destacando a necessidade de retratar de forma humana os relacionamentos LGBTQ+, abordando não apenas a sexualidade, mas também questões sociais e emocionais mais profundas. Fagundes lembrou sua própria jornada de autoconhecimento, a qual foi marcada por momentos de terapia e reflexão. Além disso, ele compartilhou como a arte, especialmente o teatro, desempenhou um papel crucial em sua formação pessoal e profissional, ajudando-o a compreender melhor sua identidade e a de outros.