A Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) divulgada pelo Banco Central aponta que o risco fiscal, principalmente a possibilidade de descontrole das contas públicas e aumento excessivo de gastos, continua sendo a maior preocupação das instituições financeiras, com 42% das respostas indicam este fator como o principal risco à estabilidade nos próximos três anos. As preocupações com a sustentabilidade da dívida pública e o impacto do arcabouço fiscal nos preços de ativos e na política monetária também foram destacados.
Em segundo lugar, com 27% das menções, estão os riscos internacionais, que incluem fatores como o aumento da incerteza nas eleições dos Estados Unidos, os conflitos geopolíticos, a desaceleração da economia chinesa e as políticas monetárias no país norte-americano. Essas questões, que afetaram a confiança global, têm ganhado relevância nas análises das instituições financeiras, refletindo preocupações com o cenário externo.
Por outro lado, as instituições financeiras demonstram uma visão mais otimista sobre o ciclo de crescimento econômico, com mais respondentes apontando uma fase de expansão ou até de “boom” econômico. Embora o risco de inadimplência e de impacto da atividade econômica interna tenha se mantido estável, ainda há preocupações sobre o aumento da alavancagem e o efeito do aperto monetário sobre as famílias e empresas. A pesquisa revela também um aumento na confiança nas instituições financeiras, embora de forma modesta.