A riqueza dos bilionários cresceu a um ritmo mais acelerado do que os mercados acionários nos últimos dez anos, de acordo com um estudo global divulgado pelo UBS. Entre 2015 e 2024, o patrimônio agregado dos bilionários aumentou 121%, passando de US$ 6,3 trilhões para US$ 14 trilhões, enquanto o MSCI AC World Index, que mede o desempenho de ações globais, subiu 73% no mesmo período. Essa expansão de riqueza é especialmente visível nos Estados Unidos, que continuam a liderar em número de bilionários e em volume acumulado, com um aumento significativo na última década.
No Brasil, o número de bilionários também cresceu, subindo de 45 para 60 entre 2023 e 2024, com um aumento de 37,7% no valor total acumulado, que passou de US$ 112,5 bilhões para US$ 154,9 bilhões. Apesar desse crescimento, o país ainda está atrás de outras nações da América do Norte e América Latina, como México e Canadá, em termos de patrimônio total dos bilionários. A China, por sua vez, vivenciou uma desaceleração na riqueza de seus bilionários, especialmente após 2020, devido a políticas internas mais rigorosas e um ambiente regulatório mais restritivo.
O setor de tecnologia foi o principal responsável pelo aumento da riqueza dos bilionários, com o valor agregado triplicando de US$ 789 bilhões para US$ 2,4 trilhões. No entanto, o setor industrial também teve um crescimento expressivo, com a riqueza de seus bilionários crescendo de US$ 480 bilhões para US$ 1,3 trilhão. Além disso, a concentração de riqueza entre os bilionários tem aumentado, com os 100 mais ricos representando 36% de toda a riqueza acumulada, um aumento em relação aos 32,4% registrados em 2015. A América do Norte é o local de residência da maioria dos bilionários mais ricos, com 43% desse grupo vivendo na região.