O estado do Rio de Janeiro alcançou, em 2023, a menor taxa de pobreza desde o início da série histórica do IBGE, com 21% da população abaixo da linha da pobreza, uma queda significativa em relação a 2022, quando esse índice era de 26,6%. A redução na pobreza é acompanhada por um aumento na melhoria das condições de vida de 929.600 pessoas, que saíram da extrema pobreza no último ano. A linha de pobreza, estabelecida pelo Banco Mundial, é de R$ 665 mensais por pessoa, e, apesar dos avanços, ainda existem cerca de duas em cada dez pessoas vivendo com essa renda no estado.
A queda na pobreza no Rio segue a tendência nacional, já que o Brasil como um todo também registrou uma redução do percentual de pobreza, passando de 31,6% para 27,4%. No entanto, a taxa de pobreza no Rio ainda é superior à média da Região Sudeste, principalmente devido à elevada taxa de desocupação no estado, que prejudica o mercado de trabalho e contribui para os desafios econômicos enfrentados pela população carioca. A Região Metropolitana do Rio experimentou uma queda ainda maior, de 25% em 2022 para 19,7% em 2023.
Além das questões econômicas, o levantamento também destaca a situação de vulnerabilidade social em diversas comunidades, como o Conjunto Olimpo, em Queimados, na Baixada Fluminense, onde a falta de acesso a recursos e serviços essenciais é uma realidade para muitos moradores. A pesquisa também alerta para a alta taxa de jovens entre 15 e 29 anos que não estão nem estudando nem trabalhando, um reflexo das dificuldades de inserção no mercado de trabalho e da falta de oportunidades para essa faixa etária.