O governo central registrou um superávit primário de R$ 40,811 bilhões em outubro, resultado que reflete uma ampliação positiva das contas do Tesouro Nacional, com saldo acumulado de R$ 223,414 bilhões até o momento. Contudo, o déficit crescente da Previdência, que alcançou R$ 286,754 bilhões entre janeiro e outubro, impactou negativamente o resultado global, uma vez que esse valor foi superior ao déficit do ano passado. Apesar disso, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que o desempenho de outubro demonstra que o governo está no caminho para cumprir sua meta fiscal de 2024.
No acumulado de 12 meses, o governo apresentou um déficit primário de R$ 225,3 bilhões, o que representa 1,9% do PIB, influenciado por fatores extraordinários, como o pagamento de precatórios e compensações devido às mudanças no ICMS. Ceron afirmou que, ao divulgar os resultados definitivos de 2024, esses itens extraordinários serão ajustados, refletindo melhor a realidade fiscal do país. Isso pode indicar uma melhoria no quadro fiscal, à medida que o governo trabalha para equilibrar suas contas.
Em relação a um erro de processamento identificado em um relatório anterior, o secretário atribuiu a necessidade de um ajuste a falhas de comunicação internas. O relatório corrigido indicou uma redução de R$ 1,7 bilhão no bloqueio orçamentário de 2024, agora fixado em R$ 17,6 bilhões. Além disso, a projeção do déficit primário foi revista para R$ 27,746 bilhões, refletindo uma expectativa mais favorável, impulsionada pela previsão de arrecadação com o programa Desenrola Agências Reguladoras.