Em 2024, as eleições globais refletiram um cenário de grande instabilidade política, com a pressão crescente sobre governantes e partidos no poder, como demonstrado por disputas significativas em países como Rússia, Índia, Estados Unidos e Japão. Esse contexto, marcado por um cenário pós-pandemia de desaceleração econômica, crise fiscal e aumento da polarização política, mostra como as respostas das grandes potências se tornaram mais divergentes. As disputas eleitorais evidenciaram a intensificação das fraturas sociais e culturais, com um foco crescente na polarização de narrativas e no impacto das mídias sociais na formação de opiniões.
As eleições de 2025, embora em sua maioria realizadas em nações de menor destaque no cenário global, podem reforçar essas tendências de instabilidade política. Exemplos incluem as disputas na Alemanha, Bolívia, Canadá e Polônia, onde governos enfrentam desafios internos, como crises econômicas e tensões sociais. Na Alemanha, uma possível mudança de governo, com o crescimento do partido de ultradireita AfD, ilustra o desgaste das coligações tradicionais. Na Polônia, a disputa presidencial testará a viabilidade do governo da Coalizão Cívica diante de uma oposição ainda influente. Enquanto isso, a Bolívia se prepara para um cenário de violência política, com disputas internas no partido governante e um ambiente tenso no campo da oposição.
Entre os outros países com eleições programadas para 2025, o Equador e o Chile se destacam por cenários de polarização e crescente violência política. No Equador, o presidente Daniel Noboa enfrentará um contexto difícil, com a escalada da violência e um rompimento político interno. No Chile, a sucessão presidencial poderá sinalizar o futuro da política de centro-esquerda, com a busca por um sucessor de Gabriel Boric ainda indefinida. Essas eleições refletem a pressão contínua por soluções políticas em meio a uma realidade global complexa, marcada por incertezas e um jogo de forças que molda o futuro político de muitas nações.