Os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiram a marca de 50% de armazenamento de água nesta sexta-feira (27), um aumento significativo devido às chuvas recentes. Em contraste, o índice mais baixo de armazenamento em 2023 foi registrado em 6 de novembro, com 43,69%, após um dos piores períodos de seca da história do país. Esse cenário evidenciou a necessidade de medidas para controlar a vazão de água dos reservatórios, como as adotadas pelo Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE), que restritou a vazão das usinas de Jupiá e Porto Primavera, localizadas nos estados de Mato Grosso e São Paulo, respectivamente.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, essa restrição na vazão contribuiu para garantir 11% de armazenamento adicional nos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram a maior parte da capacidade de geração de energia hidrelétrica do Brasil. O aumento na utilização de fontes renováveis, como a energia eólica e solar, também foi destacado como um fator importante para a redução da pressão sobre as hidrelétricas, ajudando a manter a estabilidade do sistema elétrico nacional.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o Brasil tem batido recordes na geração de energia solar e eólica, o que tem sido fundamental para aliviar a dependência das usinas hidrelétricas. Em 2025, novas estratégias e medidas serão adotadas para garantir a continuidade do abastecimento de energia elétrica e o uso sustentável da água no país, assegurando que os recursos naturais atendam à crescente demanda da população.