O Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2024, divulgado pela ONU, destaca avanços e desafios na promoção de energia acessível, confiável e sustentável globalmente. Embora tenha havido progresso em áreas como energias renováveis, a África Subsaariana permanece como a região mais carente, concentrando 80% das pessoas sem acesso à eletricidade. A necessidade de triplicar os investimentos globais em eficiência energética e infraestrutura de energia limpa é apontada como uma barreira crítica, especialmente diante de altas taxas de juros e dificuldades de financiamento em mercados emergentes.
Além do déficit energético, a falta de acesso a métodos de cocção limpos afeta 2,1 bilhões de pessoas, com sérios impactos à saúde e ao meio ambiente. Sem políticas mais robustas, estima-se que 1,8 bilhão ainda dependerão de combustíveis poluentes até 2030. Soluções descentralizadas, como minigrids e sistemas solares individuais, são vistas como alternativas promissoras para expandir o acesso em áreas rurais e remotas.
No Brasil, o potencial para energias renováveis, especialmente solar e eólica, destaca-se como uma oportunidade para contribuir com as metas globais do ODS 7. No entanto, o avanço requer políticas consistentes e acesso a financiamentos acessíveis, principalmente para comunidades isoladas da Amazônia. A implementação de marcos regulatórios fortalecidos e o incentivo a inovações tecnológicas serão essenciais para superar os desafios e garantir o crescimento sustentável.