Jeff Hamaoui, cofundador da Modern Elder Academy, compartilha reflexões sobre a importância das amizades na meia-idade e na velhice. Segundo ele, relacionamentos não surgem prontos nem se mantêm sólidos sem dedicação. Em uma palestra recente, Hamaoui destacou a necessidade de tratar a amizade como uma prática diária, assim como a atividade física, já que a saúde mental e emocional depende da qualidade dos vínculos sociais. Ele observou que, apesar das muitas ferramentas digitais, a solidão tem se expandido, exacerbada pela superficialidade das interações online.
Hamaoui também abordou a diferença entre os comportamentos de homens e mulheres na construção de redes afetivas. Enquanto as mulheres estariam mais preparadas para cultivar amizades profundas, os homens frequentemente confundem relações transacionais com amizade genuína. Ele citou um estudo da Universidade Harvard sobre o envelhecimento saudável, que demonstrou que a qualidade das relações interpessoais, e não fatores clínicos ou sociais, é o principal determinante para uma velhice bem-sucedida.
Para cultivar relações saudáveis, o especialista propôs um conjunto de atitudes essenciais: trabalhar as amizades como um esforço contínuo, ser vulnerável e aceitar a imperfeição, demonstrar confiança nas pessoas para criar reciprocidade e praticar o perdão. De acordo com a teoria do antropólogo Robin Dunbar, as pessoas têm diferentes círculos de amizades, desde os íntimos até os conhecidos, e o segredo para um envelhecimento saudável está em manter a conexão social e emocional ativa.