O Reino Unido, pioneiro em adotar cigarros eletrônicos como parte de sua política antitabagista, anunciou a proibição dos vapes descartáveis a partir de 2025. A medida visa principalmente a redução do uso desses dispositivos entre os jovens, que são mais propensos a utilizar modelos descartáveis, além de mitigar os impactos ambientais desses produtos de uso único. No entanto, o uso de outros tipos de vapes continuará permitido no país, como parte das estratégias de redução de danos para fumantes.
Em 2023, o sistema público de saúde do Reino Unido (NHS) lançou um programa para distribuir vapes a fumantes como uma alternativa para deixar o cigarro convencional. A decisão foi fundamentada em estudos que indicam que os vapes são menos prejudiciais à saúde em comparação ao tabaco tradicional. A política do país se insere em um contexto global, onde cerca de 80 países já possuem regulamentações para o uso desses dispositivos. Especialistas acreditam que a regulamentação é crucial para proteger a saúde dos consumidores e reduzir o risco de uso entre menores de idade.
Apesar da proibição de modelos descartáveis, o debate sobre a regulamentação de vapes segue em destaque, com a indústria de tabaco defendendo a criação de regras claras para o mercado. No Brasil, os vapes são proibidos desde 2009 pela Anvisa, que manteve a restrição após uma revisão em 2023. Organizações de saúde, como a OMS, alertam que, embora os vapes sejam menos prejudiciais que os cigarros tradicionais, nenhum produto relacionado ao consumo de nicotina é isento de riscos, e o mais seguro seria a abstinência completa.