O regime de Bashar al-Assad na Síria pode estar em risco de não resistir à ofensiva rebelde, a menos que receba apoio militar substancial da Rússia, afirma o analista Neil Quilliam, da Chatham House. Quilliam destaca que, sem um envolvimento russo em grande escala, a possibilidade de sobrevivência do regime se torna cada vez mais remota, especialmente com a intensificação dos ataques de grupos como o HTS (Hayat Tahrir al-Sham) em Damasco, um foco importante do conflito.
Apesar dos esforços russos, como os ataques aéreos em Idlib e Aleppo, o apoio a Assad tem sido limitado, surpreendendo especialistas devido ao alto nível de envolvimento russo desde 2015. A sobrecarga das forças militares russas devido à guerra na Ucrânia contribui para a falta de recursos disponíveis para sustentar o regime sírio. O Kremlin, no entanto, afirmou que avaliará a necessidade de uma intervenção militar com base na evolução da situação.
O conflito na Síria, que começou em 2011 com protestos contra o regime de Assad, se intensificou com a entrada de potências globais e regionais, como Rússia, Estados Unidos e Irã, transformando a guerra em um campo de disputa por procuração. Apesar de um acordo de cessar-fogo em 2020, os combates continuam em menor escala, e mais de 300 mil civis foram mortos ao longo da guerra, enquanto milhões de pessoas ficaram deslocadas.