A região de Campinas (SP) registrou um perfil de emissões de gases de efeito estufa significativamente diferente da média brasileira. Em 2023, as emissões totais na região chegaram a 12,3 milhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e), um aumento de 4,1% em relação ao ano anterior. A principal fonte de poluição é o setor de combustíveis, que responde por 75% das emissões, muito acima da média nacional de 12%. Esse elevado percentual é explicado pela presença da Refinaria da Petrobras em Paulínia, que sozinha gera 33% das emissões da região, além da intensa malha rodoviária e o grande número de veículos e aeronaves que operam na área.
Os principais emissores de gases em Campinas incluem os transportes, que representam quase 70% das emissões, seguidos pelo saneamento básico, que corresponde a 23%. A produção de combustíveis na refinaria de Paulínia e o uso de combustíveis em veículos são os fatores mais significativos, com a queima de diesel e gasolina contribuindo fortemente para o impacto ambiental. Além disso, o aeroporto internacional de Viracopos também é um grande emissor, com aviões e helicópteros responsáveis por quase 8% das emissões totais da região.
Para reduzir essas emissões, especialistas sugerem ações individuais, como o uso de transporte público, a escolha de fontes energéticas mais limpas, e a redução de desperdício de produtos e lixo. A Petrobras, por sua vez, tem se comprometido com a redução de suas emissões operacionais e com a neutralização do carbono até 2050, investindo em projetos de baixo carbono. Em contraste com a tendência de redução de emissões observada em outras partes do Brasil, Campinas experimentou um aumento, refletindo o desafio da região em equilibrar seu desenvolvimento com a preservação ambiental.