Após a invasão russa em 2022, milhões de ucranianos se viram forçados a deixar suas casas, buscando refúgio principalmente na Europa. Entre eles está Yana Felos, uma mãe que chegou ao Reino Unido com sua filha pequena, sem amigos, família ou uma rede de apoio. Com sua casa destruída e o divórcio recente de seu marido, ela afirma não ter mais vínculos com a Ucrânia. Como muitos outros refugiados, Felos vive com a incerteza do futuro, especialmente com a proximidade do vencimento de seu visto em 2025. Apesar das dificuldades, ela tem se reestabelecido em Londres, conquistando um apartamento e um emprego como professora de inglês, sempre com o foco em garantir um futuro melhor para sua filha.
Enquanto isso, o governo ucraniano tenta incentivar o retorno de seus cidadãos, criando programas para atrair os refugiados, especialmente mulheres e crianças. No entanto, a maioria desses refugiados, que enfrentam a insegurança e a devastação do conflito, não vê perspectiva de voltar. A guerra, com seus danos irreparáveis à infraestrutura e à economia, torna a ideia de um retorno seguro cada vez mais distante. Embora o presidente Volodymyr Zelensky tenha sugerido que os ucranianos no exterior podem ajudar de outras formas, como contribuindo para a indústria de defesa, muitos ainda se veem imersos em uma difícil escolha entre reconstruir suas vidas fora da Ucrânia ou retornar a um país em guerra.
O retorno à Ucrânia é uma decisão pessoal e complexa para os refugiados. Algumas famílias, como a de Victoria Rybka, optaram por voltar ao país, impulsionadas pela saudade de seus entes queridos e pelo desejo de reconstruir a vida no que consideram sua terra natal. No entanto, a situação continua desafiadora, com a guerra afetando profundamente as condições de vida, como a falta de serviços básicos e a destruição das casas. Em contrapartida, muitos refugiados continuam a enfrentar desafios nos países que os acolheram, lidando com empregos precários e adaptação a novas realidades. A crise de refugiados ucranianos, portanto, continua a se arrastar, sem uma solução clara à vista.