A reforma tributária recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados gerou reações mistas no setor imobiliário, que, embora tenha acolhido as mudanças de forma geral, ainda se mostra preocupado com possíveis aumentos nos preços de imóveis e aluguéis. Embora a proposta traga benefícios como a criação de redutores para operações imobiliárias, o aumento da carga tributária, mesmo que leve, é visto como um fator que poderá impactar o mercado, especialmente no que diz respeito ao valor de compra e aluguel de imóveis.
O novo texto estabelece uma série de ajustes, incluindo a isenção de tributos para pessoas físicas que arrecadarem menos de R$ 240 mil anuais com aluguel de imóveis e a criação de dois redutores: um social, voltado para imóveis populares e aluguéis residenciais, e outro para cortes nas alíquotas do IBS e CBS em operações imobiliárias. Apesar disso, especialistas apontam que, embora os novos redutores tragam uma melhora em relação à versão anterior da reforma, o impacto de um aumento na carga tributária permanece, o que pode refletir no preço dos imóveis.
A implementação do novo regime será gradual, com a transição começando em 2026 e finalizada em 2033. Durante esse período, o setor imobiliário se adapta às novas regras, mas há preocupações sobre como as empresas vão absorver ou repassar os custos para os consumidores. A reforma inclui ajustes específicos para diferentes tipos de transações imobiliárias, como incorporação e locação, e abre caminho para um processo de adaptação mais seguro, embora a expectativa seja que o aumento de tributos seja repassado de alguma forma para o consumidor final.